A Jornada de vida - por Ele, para Ele e com Ele.

A Jornada de vida - por Ele, para Ele e com Ele.
.

Wednesday, March 30, 2011

Santidade Versus Dureza Para com Deus

"E maravilhou-se de que não houvesse um intercessor." - Isaías 59.16.

A razão por que muitos de nós abandonamos a oração e nos tornamos amargos para com Deus é que temos apenas um interesse sentimental pela oração. Soa bem dizer que oramos; lemos livros sobre oração que nos dizem ser ela muito benéfica, e que nossa mente se tranqüiliza e nossa alma se eleva quando oramos; mas Isaías dá a entender que Deus fica admirado com tais pensamentos sobre a oração.

Adoração e intercessão devem caminhar juntas; uma é impossível sem a outra. Intercessão significa que nos despertamos para nos imbuirmos da mente de Cristo em relação àquele por quem oramos. Com demasiada freqüência, em vez de adorar a Deus, formulamos regras sobre como a oração funciona. Estaremos adorando a Deus ou argumentando com ele: "Não vejo como vais fazer isto." Tal atitude é um sinal certo de que não estamos adorando a Deus. Quando perdemos Deus de vista, torna-mo-nos endurecidos e dogmáticos. Atiramos nossas petições ao trono de Deus e lhe ditamos o que queremos que ele faça. Não adoramos a Deus, nem procuramos formar em nós a mente de Cristo. Se nos tornarmos endurecidos para com Deus, seremos assim para com outras pessoas também.

Será que estamos adorando a Deus de tal maneira que nos despertamos para buscá-lo, a fim de compreender o propósito dele em relação àqueles por quem oramos? Estaremos vivendo num relacionamento santo com Deus ou estamos sendo rígidos e dogmáticos?

"Mas não há ninguém intercedendo adequadamente." Então seja você esse intercessor, seja você aquele que adora a Deus e vive um santo relacionamento com ele. Entregue-se ao verdadeiro trabalho de intercessão, e lembre-se de que se trata de um trabalho, um trabalho que exige todas as energias; mas um trabalho sem riscos. O trabalho de pregar acarreta riscos, a oração intercessória, não.

Friday, March 25, 2011

A mais Delicada Missão da Terra

"O amigo do noivo." - João 3.29.

A retidão e a pureza jamais deveriam chamar a atenção para si mesmas; deveriam ser simplesmente imãs atraindo as pessoas para Jesus Cristo. Se a minha santidade não estiver atraindo outros para ele, não é santidade autêntica, mas uma influência que despertará afeições desordenadas e desviará alguns para outros caminhos. Se um homem santo não apresentar Jesus Cristo a outros, mas apenas mostrar o que Cristo fez por ele, poderá ser um empecilho. Ele transmitirá a seguinte impressão: "Que belo caráter tem este homem!" Isso não é ser um verdadeiro amigo do noivo; pois assim sou eu que estou crescendo o tempo todo e não ele.

Se quisermos manter essa amizade e lealdade ao noivo, temos que ser, acima de tudo, cuidadosos com nosso relacionamento moral e vital com ele, mais até do que com a obediência. Às vezes não há nada a obedecer; apenas manter uma comunhão vital com Jesus Cristo, cuidar para que nada interfira nela. Só ocasionalmente Deus nos dá uma ordem para obedecermos. Quando surge uma crise, temos que descobrir qual é a vontade de Deus; mas a maior parte do tempo nossa maior preocupação não é prestar obediência consciente, mas manter esse relacionamento - o de amigo do noivo. Muitas vezes, o serviço cristão pode ser um meio de desviarmos nossa atenção de Jesus Cristo. Em vez de sermos amigos do noivo, queremos tomar o lugar de Deus, e, embora usando as armas dele, trabalhar contra ele.

Thursday, March 24, 2011

Diminuir-me Face aos Seus Desígnios

"Convém que ele cresça e que eu diminua." - João 3.30.

Se você se tornar indispensável a outra pessoa estará fora do plano de Deus. Como obreiro, sua grande responsabilidade é a de ser amigo do noivo. Quando você vir uma pessoa começando a se conscientizar das reivindicações de Jesus Cristo, saberá que a influência que exerceu sobre ela estava certa; e, em vez de estender a mão para poupar-lhe dificuldades, ore para que se tornem dez vezes mais fortes, até que não haja nenhum poder nem na terra nem no inferno capaz de manter essa pessoa longe de Jesus Cristo. Muitas vezes queremos tomar o lugar de Deus, interferimos e impedimos que ele opere; dizemos: "Isto não pode acontecer." Em vez de nos mostrarmos amigos do noivo, nossa compaixão acaba-se tornando empecilho, e aquela pessoa poderá um dia dizer: "Fulano foi um ladrão; roubou minha afeição por Jesus e eu perdi a visão que tinha dele."

Cuidado para não se regozijar com alguém por motivo errado; procure regozijar-se pelo motivo certo. "O amigo do noivo... muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim. Convém que ele cresça e que eu diminua." Isto é dito com alegria e não com tristeza - finalmente eles verão o noivo! E João diz que essa é a sua grande alegria. É o total desaparecimento do obreiro, que nunca mais tornará a ser lembrado.

Fique bastante atento para ouvir a voz do noivo na vida de alguém. Não importa que confusões, que transtornos, que declínios de saúde ela possa acarretar; assim que você ouvir a voz dele, regozije-se com divina alegria. Muitas vezes, você poderá ver Jesus Cristo destroçar uma vida antes de salvá-la (cf. Mt 10.34).

Wednesday, March 23, 2011

Será que Sou um Crente Carnal?

"Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais?" - 1 Coríntios 3.3.

O homem natural não sabe coisa alguma sobre carnalidade. A luta da carne contra o Espírito recebido na regeneração, e a do Espírito contra a carne, produzem carnalidade. "Andai no Espírito", diz Paulo, e "jamais satisfareis a concupiscência da carne"; e a carnalidade desaparecerá.

Você é briguento, perturba-se facilmente com ninharias? Oh, mas os filhos de Deus nunca são assim!" Paulo diz que são, e associa tais atitudes com a carnalidade. Há alguma verdade na Bíblia que imediatamente provoca irritação em você? Isso é prova de que você ainda é carnal. Se estiver vivendo uma vida santificada, não haverá nenhum vestígio desse espírito.

Se o Espírito de Deus detecta em você algo errado, ele não lhe pede para acertá-lo; pede-lhe que o reconheça, e ele o corrigirá. Quem anda na luz confessa imediatamente e se deixa expor diante de Deus; quem anda nas trevas diz: "Oh, eu posso explicar tudo." Assim que a luz penetrar e sobrevier a convicção do erro, seja um dos que andam na luz, e confesse seu erro, que Deus cuidará do que está errado; se você de defender provará que está andando em trevas.

Qual é a prova de que não mais carnalidade? Não engane a si mesmo; quando acaba a carnalidade, isso torna-se tão patente que é difícil passar despercebido. Deus lhe proporciona um sem número de oportunidades de provar a si mesmo a maravilha da sua graça. A prova prática é a única verdadeira. "Ora", dirá você, "se esse problema tivesse acontecido antes, eu teria ficado ressentido!" Será sempre você a pessoa mais maravilhada da terra diante do que Deus tem feito em seu íntimo.

Sunday, March 20, 2011

Amizade com Deus

"Ocultarei a Abraão o que estou para fazer? " - Gênesis 18.17.

Suas Alegrias. Esse capítulo focaliza as alegrias de uma verdadeira amizade com Deus, comparadas aos sentimentos ocasionais de sua presença na oração. Estar tão próximo de Deus que você nunca precise pedir a ele que lhe revele a sua vontade, é estar perto do estágio final da disciplina da vida de fé. Quando você tem um relacionamento perfeito com Deus, já vive uma vida de liberdade e de gozo: você é a vontade de Deus, e todas as suas decisões normais são a vontade dele para você, a menos que ele o corrija. Você decide as coisas em perfeita e agradável amizade com Deus, ciente de que, sempre que fizer uma decisão errada, ele o corrigirá; e quando ele o corrigir, pare imediatamente.

Suas Dificuldades. Por que Abraão parou de orar no ponto em que parou? Ele ainda não tinha intimidade bastante para prosseguir ousadamente até que Deus atendesse ao seu desejo; seu relacionamento com Deus ainda deixava algo a desejar. Sempre que paramos de orar e dizemos: "Bem, eu não sei; talvez isso não seja a vontade de Deus", é porque ainda há um nível mais alto a ser alcançado. Não temos ainda o mesmo relacionamento íntimo com Deus que Jesus tinha, e que ele deseja que tenhamos: "Para que sejam um como nós o somos." Pense na última coisa pela qual você orou - você estava mais interessado no seu pedido ou em Deus? Estava resolvido a obter algum dom do Espírito ou aproximar-se de Deus? "O vosso Pai sabe o que tendes necessidade, antes que lho peçais."

A razão do pedir é que você possa conhecer melhor a Deus. "Agrada-te do Senhor e ele satisfará aos desejos do teu coração." Continue orando para alcançar um perfeita comunhão com o próprio Deus.

Tuesday, March 15, 2011

A Disciplina do Desalento

"E o seguiam tomados de apreensões." - Marcos 10.32.

No princípio, estávamos seguros de que sabíamos tudo sobre Jesus Cristo. Era uma alegria vender tudo e nos lançarmos numa ousadia de amor; mas agora já não estamos tão seguros. Jesus está lá na frente e parece estranho: "Jesus ia adiante dos seus discípulos. Estes se admiravam."

Há uma faceta de Jesus que faz gelar o coração do discípulo e vacilar toda a sua vida espiritual. Aquele estranho ser com semblante resoluto e passos decisivos enche-me de terror. Ele não é mais o Conselheiro e o Companheiro. Tem o olhar fixo num determinado alvo sobre o qual nada sei, o que me deixa admirado. A princípio, eu estava certo de que o compreendia, mas agora já não estou tão seguro disso. Começo a perceber que existe uma certa distância entre mim e Jesus Cristo; não consigo mais sentir-me à vontade com ele. Ele segue à minha frente e nunca olha para trás; não tenho a menor idéia de onde ele está indo, e o alvo parece estranho e distante.

Jesus Cristo teve que sentir na pele todo pecado e toda tristeza do homem, e é isso que o faz parecer tão estranho. Quando o vemos sob o esse aspecto, não o conhecemos, não reconhecemos nenhuma faceta de sua vida e não sabemos nem como começar a segui-lo. Ele está lá na frente, um líder muito estranho, e não temos nenhuma comunhão com ele.

A disciplina do desalento é essencial ao discipulado. O perigo é acendermos um pequeno fogo particular e aquecermos nosso entusiasmo nele (cf. Is 50.10,11). Quando sobrevierem as trevas do desalento, suporte-as até que passem, porque depois seguir a Jesus será gozo inefável.

Monday, March 14, 2011

A Disciplina da Atenção

"O que vos digo às escuras, dizei-o a plena luz; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o dos eirados." - Mateus 10.27.



Às vezes Deus nos coloca sob a disciplina das trevas para ensinar-nos a lhe dar atenção. alguns pássaros canoros são treinados para cantar no escuro; da mesma forma somos colocados à sombra da mão de Deus até que aprendamos a ouvi-lo. "O que vos digo às escuras" - esteja atento para quando Deus o colocar no escuro, e uma vez lá, mantenha a boca fechada. Você está no escuro neste momento, no que diz respeito às circunstâncias em que se encontra, ou à sua vida com Deus? Então permaneça calado. Se abrir a boca no escuro, falará com espírito errado; a hora da escuridão é hora de ouvir. Não fale com outras pessoas sobre a situação; não leia livros para descobrir a razão das trevas; apenas ouça, preste atenção. Se conversar com outras pessoas, não conseguirá ouvir o que Deus está dizendo. Quando você estiver no escuro, ouça, e Deus lhe dará uma mensagem muito preciosa para passar a outrem, quando voltar à luz.

Depois de cada momento de escuridão, sobrevém-nos uma mistura de alegria e vergonha (se for só de alegria, duvido que você tenha ouvido Deus); alegria por ouvir Deus falar, mas principalmente vergonha por ter demorado tanto a ouvir o que ele dizia! "Como demorei para compreender isto!" E, no entanto, Deus o estava dizendo todo esse tempo. Mas agora ele lhe oferece a dádiva da vergonha que produz a brandura de coração, que lhe ensina a prestar atenção à voz de Deus "agora".

Saturday, March 12, 2011

Dedicação Total

"Então Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos e ter seguimos ..." - Marcos 10.28.

O Senhor responde que a dedicação tem que ser feita por causa dele, e não pelo que se pode ganhar com ela. Cuidado com a entrega pessoal que é feita visando lucro: "Vou me entregar a Deus porque quero ser liberto do pecado, porque desejo tornar-me santo." Tudo isso é resultado de estar bem com Deus, mas esse espírito é alheio a essência do cristianismo. A entrega pessoal não é, em absoluto, para obter-se alguma coisa. A tal ponto nos temos comercializado, que só vamos a Deus para que ele nos dê alguma coisa, e não por causa dele mesmo. É como se disséssemos: "Não, Senhor, não é a ti que eu quero, mas a mim mesmo; mas quero-me a mim mesmo limpo e cheio do Espírito Santo ; quero ser colocado na tua sala de exposições para poder dizer: "Eis o que Deus tem feito por mim." Se entregamos uma coisa a Deus apenas para que ele nos dê algo mais de volta, não há nada do Espírito Santo em nossa entrega; isso é um mísero interesse egoísta e comercial. Ganhar o céu, ser livre do pecado, tornar-se útil a Deus - tais interesses nunca são levados em consideração quando se faz uma verdadeira entrega, que consiste numa suprema preferência pela própria pessoa de Jesus Cristo.

Quando nos defrontamos com as barreiras dos relacionamentos humanos, onde fica Jesus Cristo? A maioria de nós o deixa de lado; "Sim, Senhor, eu ouvi o teu chamado, mas a minha mãe está barrando meu caminho, minha mulher, meus interesses pessoais; não posso prosseguir." "Então", diz Jesus, "você não pode ser meu discípulo."

Provamos a nossa entrega pessoal quando passamos por cima das afeições naturais. Passemos por cima delas, e o amor de Deus envolverá todos aqueles a quem ferimos ao abandoná-los. Tenhamos cuidado para não ficarmos aquém de uma entrega total a Deus. Para a maioria de nós a dedicação total não passa de um ideal.

Sunday, March 6, 2011

Em Meio a Uma Multidão de Trivialidades

"... na muita paciência, nas muitas aflições, nas privações, nas angústias."

- 2 Coríntios 6.4.

É necessária uma graça infinita para se dar o passo seguinte quando não há visão e não há espectadores - dar o passo seguinte na devoção, no estudo, na leitura, na cozinha; o passo seguinte nas tarefas, quando não há nenhuma visão de Deus, nem entusiasmo, nem espectadores. É preciso muito mais graça de Deus, de uma maior dependência de Deus, para dar esse passo; mais do que é preciso para pregar o evangelho.

Todo cristão tem que participar daquilo que foi a essência da encarnação e deixá-la expressar-se no viver diário. Desanimamos quando não há visão, nem estímulo, mas apenas a rotina comum, a tarefa trivial. O que vai contar no balanço final perante Deus e os homens e a única maneira de não nos deixarmos abater é viver com o olhar fixo em Deus. Peça a Deus para manter os olhos do seu espírito abertos para o Cristo ressurreto, e nenhum trabalho servil poderá abatê-lo. Evite sempre a trivialidade e o servilismo da mente e do espírito, inspirando-se no décimo terceiro capítulo do evangelho de João.

Wednesday, March 2, 2011

A Compulsão do Chamado

"Ai de mim, se não pregar o evangelho!" - 1 Coríntios 9.16.



Cuidado para não tapar os ouvidos ao chamado de Deus! Todos os que são salvos são chamados a dar testemunho disso; não são chamados para pregar, apenas para ser um exemplo na pregação. Paulo refere-se às "dores" que lhe causava a compulsão de pregar o evangelho. Nunca associemos isso que Paulo diz ao fato de vidas entrarem em contato com Deus e serem salvas. Não há nada mais fácil do que ser salvo, porque essa é a obra soberana de Deus: "Vinde a mim e eu vos salvarei." O Senhor nunca estabeleceu as condições do discipulado como sendo as condições para a salvação. Estaremos destinados à salvação através da cruz de Jesus Cristo. O discipulado traz consigo uma opção: "Se alguém quiser vir..."

Essas palavras de Paulo têm a ver com o tornar-se servo de Jesus Cristo. Deus nunca nos pede permissão para decidir o que faremos ou para onde iremos. Deus faz de nós pão partido" e "vinho derramado" para o grado dele. Ser "separado para o evangelho" significa ouvir o chamado de Deus; e, quando começamos a ouvir esse chamado, passamos a viver uma agonia realmente digna desse nome. Todas as nossas ambições são logo podadas; todo desejo de viver para nós mesmos, sufocado; todas as perspectivas pessoais desvanecem por completo e se apagam - exceto uma coisa: "separado para o evangelho". Ai da pessoa que tentar andar em qualquer outra direção depois de receber esse chamado. O objetivo desta escola é levá-los a descobrirem de Deus encontrará aqui um homem ou uma mulher que se interessa em proclamar o evangelho; a verem se Deus tem a posse garantida de sua vida. E, depois, cuidado com os concorrentes!