A Jornada de vida - por Ele, para Ele e com Ele.

A Jornada de vida - por Ele, para Ele e com Ele.
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Monday, August 8, 2011

Oração em Honra do Pai

"…E o Santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus", Lc 1,35


Se de fato o Filho de que Deus nasceu em meu corpo mortal, será que a sua inocência santa, simplicidade e unidade com o Pai estão tendo oportunidade de manifestar-se em mim do mesmo jeito? O que aconteceu com a virgem Maria na histórica introdução do Filho de Deus nesta terra acontece com cada cristão em exclusivo. O Filho de Deus nasce em mim por atuação direta de Deus; então, como filho de Deus, tenho que exercer esse direito de filho, de estar sempre face a face com meu Pai e não apenas quando posso. Estarei sempre perguntando, maravilhado, para mim mesmo: "Por que meu bom-senso quer me desviar agora? Ele não sabe que me cumpre estar na casa de meu Pai?” Lc 2,49 Sejam quais forem as circunstâncias que o levem a pensar assim, esse Filho santo e inocente deve estar em contacto permanente com seu Pai dentro de si.
Será que sou suficientemente simples para me poder identificar dessa maneira com meu Senhor? Estará ele conseguindo fazer cumprir sua maravilhosa vontade dentro da minha vida? Está dando para Deus perceber que seu Filho está sendo formado em mim, Gl 4,19 ou será que o coloquei deliberadamente de lado? Ah, que clamor o destes dias! Todos estão clamando — o quê? Que o Filho de Deus seja levado à morte. Não há lugar aqui para o Filho de Deus, não há tempo para uma comunhão tranquila com o Pai dentro de cada homem aqui.
Está o Filho de Deus orando através de mim, ou eu é que lhe estou dando ordens? Será que ele está operante através de mim como o era durante sua vida aqui? Será que o Filho de Deus está operando em mim a sua paixão para que se cumpram todos os seus propó­sitos? Quanto mais sabemos da vida interior dos mais experimenta­dos servos de Deus, melhor entendemos qual é o propósito de Deus em todos os sentidos — "preencher o que resta das aflições de Cristo", Cl 1,24. Há sempre algo mais a ser feito nesta coisa de "preencher o que falta".

Monday, August 1, 2011

Mais Algumas Palavras Sobre o Modo Como Deus Opera

"Ora, tendo acabado Jesus de dar estas instruções a seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar, nas cidades deles. Mt 11,1.


Ele é quem vai para os lugares de onde nos manda sair. Se quando Deus disse "Vai" você ficou, por estar preocupado com as pessoas de sua cidade, privou-as de receberem o ensinamento e a pregação da boca do próprio Senhor Jesus Cristo. Se obedeceu e deixou com Deus as consequências, o Senhor por certo irá Ele próprio à sua cidade para ensinar; enquanto se negou a obedecer-Lhe, era você quem estava atrapalhando. Verifique a partir de que ponto começa a contestar o Senhor e a colocar o que você chama de "dever" em contraposição a tudo que foi ordenado por ele. "Eu sei que ele me mandou partir, mas o meu dever e responsabilidade será ficar aqui"; isso significa que você não acredita que Jesus fala mesmo a sério nas coisas que diz.
Ele ensina onde nos ordena que não ensinemos. "Mestre... que façamos três tendas", Lc 9,33.
Será que queremos servir de Deus para outras pessoas? Estaremos nós fazendo tanto alvoroço instruindo-as que Deus não consegue aproximar-se delas? Precisamos aprender a ficar de boca fechada e espírito alerta, pois Deus quer instruir-nos a respeito de seu próprio Filho; ele quer transformar nossos momentos de oração em montes de transfiguração quando nós não o permitimos. Quando concluímos que já sabemos como Deus vai agir, ele nunca mais agirá daquela maneira.
Ele opera onde nos manda esperar n’Ele. "Permanecei, pois... até que...", Lc 24,49. Espere em Deus e ele agirá, mas não espere mal-humorado, só porque não consegue enxergar um palmo à frente do seu próprio nariz! Será que estamos suficientemente desprendidos de nosso histerismo espiritual para ainda podermos esperar em Deus? Esperar não é ficar sentado de braços cruzados, mas aprender a fazer o que Deus nos ordenou enquanto esperamos.
Esses são alguns aspectos do modo como Deus opera e que nós raramente reconhecemos como tal.