A Jornada de vida - por Ele, para Ele e com Ele.

A Jornada de vida - por Ele, para Ele e com Ele.
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Wednesday, May 25, 2011

O Teste do Interesse Próprio

"Se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para a esquerda" - Gênesis 13.9

Assim que começamos a viver a vida de fé em Deus, perspectivas fascinantes e maravilhosas surgem à nossa frente e se tornam nossas por direito; mas, se estivermos vivendo a vida de fé, faremos uso do direito de renunciar aos nosso direitos e de deixar que Deus decida por nós. Às vezes, Deus permite que passemos por provações onde entra em jogo nosso próprio bem-estar; contudo, se estamos vivendo uma vida de fé, renunciamos alegremente ao direito e deixamos que Deus decida por nós. É através de um ato de disciplina como esse que o natural se transforma no espiritual pela obediência à voz de Deus.

Sempre que fizermos de nosso direito a diretriz da vida, ele embotará a nossa percepção espiritual . O grande inimigo da vida de fé em Deus não é o pecado, mas o bom que não é totalmente bom. O bom é sempre o inimigo do melhor. Parece que a coisa mais sábia do mundo seria Abraão escolher a terra. Era direito dele, e o povo do lugar o consideraria um tolo se não a escolhesse. Muitos de nós não crescem espiritualmente porque preferem fazer escolhas com base nos direitos, em vez de deixar que Deus faça a escolha por eles. Temos que aprender a andar segundo o padrão determinado por Deus. "Anda na minha presença".

Monday, May 23, 2011

Ansiosa Infidelidade

"Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir." - Mateus 6.25.

O cuidado pela vida que consideramos normal é, para Jesus, sinal de infidelidade. Se recebemos o Espírito de Deus, ele insistirá em nos perguntar: Onde é que Deus entra nesse relacionamento com fulano, nessas férias programadas, nesses livros novos? "Ele sempre insistirá no mesmo ponto, até que aprendamos a fazer dele nosso principal interesse. Sempre que colocamos outras coisas em primeiro lugar, dá confusão.

"Não andeis ansiosos ...", não tome sobre si o peso da preocupação. Não só é errado preocupar-nos, mas também é infidelidade, porque preocupar-nos significa que achamos que Deus não é capaz de cuidar dos detalhes práticos de nossa vida, e sempre é isso que nos preocupa. Lembra o que foi que Jesus disse que sufocaria a sua palavra em nós? O diabo? Não; os cuidados deste mundo. São sempre as pequeninas preocupações. Quando não posso ver, não confio, e é aí que começa a infidelidade. A única maneira de se curar a infidelidade é a obediência ao Espírito.

A grande mensagem de Jesus a seus discípulos é entrega total.

Sunday, May 22, 2011

Eis a Explicação

"A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós". - João 17.21

Se você estiver passando por uma experiência de solidão, leia João17; ele explica exatamente por que você está assim - Jesus orou para que você seja um com Pai como ele o é. Você está cooperando com Deus para que essa oração seja atendida, ou tem algum outro objetivo para sua vida? Já que você se tornou um discípulo, não pode ser mais tão independente quanto costumava ser.

O objetivo de Deus não é atender nossas orações, mas pelas nossas orações levar-nos a discernir o propósito dele, e isso está revelado em João 17. Há uma oração que Deus tem que responder - a oração de Jesus: "Para que sejam um, como nós somos". Será que estamos unidos a Jesus Cristo assim?

Deus não se preocupa em saber quais são aos nossos planos; ele não diz: "Você quer passar por esta aflição, por esse transtorno?" Ele permite tais coisas visando ao objetivo dele. As coisas por que estamos passando, ou estão nos tornando pessoas mais dóceis, melhores, mais nobres, ou estão nos tornando mais capciosos e críticos, e mais insistentes em satisfazer nossa própria vontade. As coisas que nos acontecem fazem de nós ou demônios, ou santos; isso vai depender inteiramente do relacionamento que temos com Deus. Se dissermos: "Faça-se a tua vontade", receberemos a consolação de sabermos que nosso Pai está agindo de acordo com sua própria sabedoria. Quando compreendermos o que Deus está pretendendo, não nos tornaremos mesquinhos e cínicos. Em sua oração, Jesus pediu que tivéssemos com ele nada menos que a perfeita união que ele tem com o Pai. Alguns de nós estão muito longe disso, mas Deus não desistirá enquanto não fomos um com ele, porque Jesus orou para que o pudéssemos ser.

Saturday, May 21, 2011

Divinos Raciocínios de Fé

"Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas". Mateus 6.33.

Assim que nos deparamos com essas palavras de Jesus, descobrimos que elas são a mais revolucionária afirmação já ouvida por ouvidos humanos. "Buscai primeiro o reino de Deus." Mas até os mais espirituais entre nós argumentam exatamente o contrário: "Mas eu tenho que viver; tenho que ganhar dinheiro suficiente; tenho que me vestir; tenho que me alimentar." A grande preocupação de nossa vida não é o reino de Deus, mas como cuidar de nossa nova vida. Jesus inverte a ordem; relacione-se corretamente com Deus primeiro, mantenha esse relacionamento como a grande preocupação de sua vida, e nunca se preocupe com as demais coisas.

"Não andeis ansiosos pela vossa vida..." O Senhor mostra, de seu ponto de vista, como é absurdo ficarmos ansiosos por causa dos meios de sobrevivência. Jesus não está dizendo que aquele que não se preocupa com nada é bem-aventurado - tal pessoa é tola. Ele ensinou que o discípulo tem que fazer de seu relacionamento com Deus a preocupação central de sua vida e, em contradição a isso, viver cuidadosamente despreocupado quanto ao mais. O que Jesus quer dizer: "Não deixe que o fator dominante de sua vida seja a preocupação com o que você comerá e beberá, mas concentre-se totalmente em Deus". Algumas pessoas se mostram descuidadas com o que comem e bebem, e sofrem com isso; são desleixadas com o que vestem e se apresentam de maneira que não deveriam; não cuidam bem de seus negócios terrenos, e Deus as responsabiliza por isso. O que Jesus deixa claro é que a grande preocupação da vida deve ser manter o relacionamento com Deus em primeiro lugar, e tudo o mais em segundo.

Uma das mais severas disciplinas da vida cristã é deixar que o Espírito Santo ajuste nossa vida ao ensinamento de Jesus contido nesses versículos.

Friday, May 20, 2011

O Domínio do Real

"É na vossa perseverança que ganhareis as vossas almas." Lucas 21.19.

Quando alguém nasce de novo, durante algum tempo seu pensamento e seu raciocínio perdem o vigor de antes. Temos que desenvolver a expressão da nova vida e formar a mente de Cristo. "Na vossa paciência possuís as vossas almas". Muitos de nós prefere permanecer no limiar da vida cristã a seguir em frente e "edificar" nossa alma de acordo com a nova vida que Deus colocou em nosso interior. Falhamos por ignorarmos a maneira como somos feitos; atribuímos nossas falhas ao diabo, em vez de atribuí-las à nossa própria natureza indisciplinada. Pense como somos capazes de reagir quando provocados!

Há certas coisas pelas quais não devemos orar - mau humor, por exemplo. O mau humor não é expulso com oração, é expulso a pontapés. O mau humor quase sempre tem a ver com nossa condição física, e não espiritual. Requer-se um esforço contínuo, para não se dar lugar ao mau humor, cuja origem está na condição física; não se entregue a ele nem por um segundo. Temos que nos agarrar a nós mesmos pelo colarinho e nos sacudirmos, e então descobrirmos que podemos fazer tudo o que pensávamos que não poderíamos fazer. O problema da maioria das pessoas é que não tomarão essa posição, e ponto final. A vida cristã é uma vida de vigorosa disposição espiritual.

Thursday, May 19, 2011

Mais que Vencedores


"Quem nos separará do amor de Cristo?" - Romanos 8.35

Deus não mantém ninguém imune a problemas; ele diz: "Na sua angústia eu estarei com ele". Não importa quais os problemas que dominem sua vida; por mais graves que sejam, nenhum deles pode destruir seu relacionamento com Deus. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores. Paulo não fala de situações hipotéticas, mas de incidentes terrivelmente reais; e ele diz que somos supervencedores em meio a elas, não pelas nossas habilidades nem por nossa coragem, nem por qualquer outra coisa, senão pelo fato de que nenhuma delas pode afetar nosso relacionamento com Deus em Jesus Cristo. Bem ou mal, estamos onde estamos, exatamente nas condições em que estamos. Tenho pena do cristão que não tem em sua vida alguma circunstância indesejada.

"Será tribulação...?" Tribulação nunca é coisa boa; mas a tribulação, seja lá como for - exaustiva, amarga, cansativa - não nos poderá separar do amor de Deus. Nunca permita que cuidados ou tribulações o separem da certeza de que Deus o ama.

"Ou angústia ...?" Poderá o amor de Deus sustentar-se quando tudo nos diz que seu amor é uma mentira e que essa coisa chamada justiça não existe?

"Ou fome...?" Poderemos nós não só crer no amor de Deus, como ser mais do que vencedores mesmo quando estivermos famintos?

Ou Jesus Cristo é um mentiroso e Paulo foi iludido, ou coisas extraordinárias acontecem àqueles que se firmam no amor de Deus, mesmo quando tudo parece contrário ao caráter de Deus. A lógica silencia-se em face de cada uma dessas circunstâncias. Não há outra explicação, a não ser o amor de Deus que está em Cristo Jesus. "Das ruínas me levantarei" todas as vezes.

Por: Oswald Chambers

Wednesday, May 18, 2011

Concentração Constante



"Observai as aves do céu; ... considerai como crescem os lírios do campo" - Mateus 6.26-28

Considere os lírios do campo, como eles crescem... simplesmente existem! Pense no mar, no ar, no sol, nas estrelas e na lua - todos existem, e que mistério exercem! Tantas vezes, no pretensioso esforço de sermos coerente e úteis, deturpamos a influência que Deus gostaria de passar a outros por nosso intermédio! Jesus diz que só existe um meio de nos desenvolvermos espiritualmente - pela concentração em Deus. "Não se preocupe em ser útil aos outros; creia em mim" - esteja atento à fonte, e de você brotarão rios de águas viva. Não podemos chegar às fontes de nossa vida natural através da lógica. O que Jesus quis transmitir com essas palavras é que o crescimento na vida espiritual não depende de nos preocuparmos em crescer, e, sim, de nos concentrarmos em nosso Pai celestial. Ele conhece as circunstâncias que nos cercam; se nos mantivermos concentrados nele cresceremos espiritualmente como crescem os lírios.

As pessoas que mais nos influenciam não são as que exigem nossa atenção e estão sempre nos falando, mas as que vivem sua vida como estrelas no céu e como os lírios nos campos - em perfeita simplicidade e sem ostentação. São essas as vidas que nos moldam.

Se você quer ser útil a Deus, acerte seu relacionamento com Jesus Cristo; ele o fará ser, inconscientemente, útil em cada minuto de sua vida.
por: Oswald Chambers

Tuesday, May 17, 2011

A Ascensão de Cristo e Nossa União


"Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia se retirando deles, sendo elevado para o céu". Lucas 24.51

Não temos nenhuma experiência correspondente aos eventos da vida do Senhor após a transfiguração. Dali por diante, a vida dele fora totalmente vicária. Até o momento da transfiguração, ele vivera a vida perfeitamente normal do ser humano. A partir da transfiguração - Getsêmani, a cruz, a ressurreição - tudo a nós é estranho. A cruz é a porta pela qual todos os membros da raça humana podem ter acesso a vida de Deus; pela ressurreição, Cristo tem o direito de dar vida eterna a qualquer pessoa, e pela ascensão o Senhor entra no céu e mantém a porta aberta para a humanidade.

No Monte da Ascensão, a transfiguração se completa. Se Jesus tivesse subido ao céu partindo do Monte da Transfiguração, não teria sido mais do que uma gloriosa figura para nós. Mas deu as costas à glória, e desceu do monte para identificar-se com a humanidade decaída.

A ascensão é a consumação da transfiguração. É o retorno do Senhor à sua glória original; mas não um retorno como simples Filho de Deus; além de retornar como Filho de Deus, retorna a Deus como Filho do homem. Pela ascensão do Filho do homem, qualquer um tem, agora, acesso livre e direto ao próprio trono de Deus. Como Filho do homem, Jesus Cristo deliberadamente limitou em si mesmo a onipotência, a onipresença e a onisciência. Hoje ele possui tudo isso em pleno e absoluto poder. Como Filho do homem, Jesus Cristo tem todo poder junto ao trono de Deus. Desde a ascensão, até os dias de hoje, é Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Monday, May 16, 2011

Direção por Impulso

"Edificando-vos na vossa fé santíssima." - Judas 20.

O Senhor não tinha nada de impulsivo, nem tampouco de sangue-frio, ....mas apenas uma força serena que nunca entrava em pânico. A maioria dos crentes desenvolve o cristianismo a partir de seu ....temperamento, e não da orientação de Deus. .....A impulsividade é um traço da vida natural, mas o Senhor sempre a ignora, porque ela impede o desenvolvimento da vida do discípulo. .Observe como o Espírito de Deus refreia os impulsos; suas freadas produzem em n6s sentimento de vergonha, que imediatamente nos leva a querer justificar-nos. ..A impulsividade é aceitável numa criança, mas desastrosa num indivíduo adulto; a pessoa impulsiva é sempre uma pessoa mimada. A impulsividade tem que ser transformada em intuição pela disciplina.
O discipulado se processa baseado totalmente na graça sobrenatural de Deus. Andar sobre as águas é fácil para quem tem uma coragem impulsiva, mas andar em terra firme como ..discípulo de Jesus Cristo é muito diferente. Pedro andou sobre as águas para ir até Jesus, mas em terra "o seguia de longe". Não precisamos da graça de Deus para enfrentar crises, pois o orgulho e a natureza humana são suficientes para isso; conseguimos enfrentar as tensões de maneira maravilhosa. Precisamos da graça sobrenatural de Deus é .para viver vinte e quatro horas por dia em santidade, para realizar tarefas enfadonhas, para viver uma vida simples e obscura como discípulo de Jesus. A idéia de que temos de fazer coisas excepcionais para Deus é inata em n6s; mas não temos que fazer não. ...Temos é..... que ser excepcionais nas coisas comuns; temos que ser santos em situações difíceis entre pessoas desagradáveis - e isto não se aprende em cinco minutos.

Por: Oswald Chambers

Sunday, May 15, 2011

Estar Sempre à Altura da Situação

"Para saberdes qual é a esperança do seu chamamento..." - Efésios 1.18

Lembre-se de que você foi salvo por uma razão - para que o Filho de Deus pudesse manifestar-se através de você. Concentre toda a sua energia no objetivo de manifestar sua eleição como filho de Deus; esteja sempre à altura da situação.

Você não pode fazer nada pela sua salvação, mas deve revelar, exteriormente, o que Deus operou em seu íntimo. Você o está demonstrando com a língua, com o cérebro e com os nervos? Se ainda continua sendo a mesma ranzinza, infeliz, resolvida a não se modificar, então Deus não o salvou nem o santificou.

Deus é o Engenheiro-Chefe. Ele permite que as dificuldades surjam afim de verificar se seremos capazes de superá-las adequadamente: "Com o meu Deus salto muralhas". Deus nunca nos eximirá de qualquer dos requisitos necessários a um filho seu. Pedro diz: "Não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos". Estejamos à altura; façamos o que for preciso. Não importa o quanto isso nos doa, contanto que Deus tenha aí a oportunidade de manifestar-se em nosso corpo mortal.

Que Deus não mais encontre em nós a lamúria; que nos encontre, isso sim, cheios de ímpeto e atletismo espirituais, prontos a enfrentar o que quer que Ele nos apresente. Temos que nos exercitar a fim de que o Filho de Deus possa manifestar-se em nosso corpo mortal. Deus não tem museus. Nossa única meta na vida deve ser essa manifestação. E que cesse de vez toda essa nossa mania de darmos ordens a Deus. O Senhor Jesus nunca deu ordens a seu Pai; nós também não estamos aqui para dar ordens a Deus; aqui estamos para nos submeter a vontade dele, a fim de que ele possa operar através de nós o que quiser. Quando compreendemos bem isso, ele nos fará "pão partido" e "vinho derramado" para alimentar e nutrir outros.

Tuesday, May 10, 2011

Tome a Iniciativa

"Associai com vossa fé a virtude..." - II Pedro 1.5

"Guarnecei vossa fé com resolução" - (Moffatt.)

"Associai": como se trata de uma ordem, concluí-se que há alguma coisa que nós temos de fazer. Corremos o risco de esquecer que não podemos fazer o que Deus faz, e que Deus não faz aquilo que podemos fazer. Não podemos salvar-nos nem santificar-nos; é Deus quem faz isso; mas Deus não nos dá bons hábitos; ele não nos dá caráter, ele não nos faz andar corretamente. Temos que fazer tudo isso por nós mesmos; temos que desenvolver a salvação que Deus operou em nós. "Associai" - adquira o hábito de fazer certas coisas; e no início isso é difícil. Tomar a iniciativa é dar começo a algo, é nos instruirmos, a nós mesmos, no caminho que devemos seguir.

Cuidado com a tendência de perguntar qual é o caminho, quando você já o conhece muito bem. Tome a iniciativa, pare de hesitar e dê o primeiro passo. Quando Deus lhe disser alguma coisa seja resoluto, aja na hora, pela fé, com base no que ele diz, e nunca volte atrás em suas decisões. Se hesitar comprometerá seu crescimento na graça. Tome a iniciativa, dê agora o primeiro passo num ato de vontade, de forma que seja impossível retroceder. Elimine todas as possibilidades de volta atrás: "Eu vou escrever aquela carta". "Eu vou pagar aquela dívida". Tome uma decisão irrevogável.

Precisamos adquirir o hábito de ouvir atentamente o que Deus tem a dizer sobre todas as coisas; temos que formar o hábito de saber o que Deus diz. Se, ao sobrevir-nos uma crise, voltarmo-nos instintivamente para Deus, será isso prova de que tal hábito já se formou. Temos que tomar a iniciativa onde estamos e não onde não estamos.

Por Oswald Chambers

Sunday, May 8, 2011

Buscar e Não Alcançar

Buscar e Não Alcançar

"Não havendo (visão) o povo se corrompe" - Provérbios 29.18

Existe diferença entre ideal e visão espiritual. O ideal não tem inspiração moral: a visão tem. As pessoas que se entregam a ideais raramente realizam alguma coisa. A concepção que alguém tem de Deus pode até ser usada para justificar uma deliberada negligência de seu dever. Jonas argumentava que sendo Deus um Deus de justiça e de misericórdia, logo tudo estaria bem. Eu posso ter uma concepção correta de Deus, e esta pode ser justamente a razão por que não cumpro meu dever. Mas, onde houver visão espiritual, haverá também uma vida de retidão, porque a visão transmite incentivo moral.

Os ideais podem nos tranqüilizar a ponto de nos levar à ruína. Faça em si mesmo um balanço espiritual, e verifique se você tem apenas ideais, ou se tem visão espiritual.

"Ah, se tua boca não ultrapassar
o alcance de tuas mãos,
de que servirá o céu?"

"Não havendo (visão)...". Assim que perdemos Deus de vista começamos a ficar descuidados, deixamos de lado certas restrições, abandonamos a oração e a visão de Deus nas pequenas coisas, e começamos a agir por nossa própria iniciativa. Se estivermos vivemdo apenas daquilo que conseguimos com nossas mãos, agindo por nossa própria iniciativa, sem esperar que Deus intervenha, estaremos caminhando para a ruína, teremos perdido a visão espiritual. Será que nossa atitude, hoje, é uma atitude nascida de nossa visão de Deus? Estaremos à espera de que Deus faça coisas maiores do que já fez? Há vitalidade e vigor em nossa perspectiva espiritual?

Saturday, May 7, 2011

Construir Para a Eternidade

Pois, qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a construir?" - Lucas 14.28

.....O Senhor não se refere ao custo que temos que calcular mas ao que ele calculou. No caso, o custo foram aqueles trinta anos que passou em Nazaré, os três anos de popularidade, escândalo e ódio, a profunda e insondável agonia no Getsêmani, e a chacina no Calvário - eixo em trono do qual giram o tempo e toda a eternidade. Jesus Cristo avaliou bem o custo. No fim, não irão rir-se dele e dizer: "Este homem começou a construir e não pôde acabar".

.....As condições do discipulado, estabelecidas pelo Senhor nos versículos 26, 27 e 33, significa que os homens e mulheres que Ele vai usar nos seus grandes empreendimentos são aqueles nos quais ele operou tudo que era preciso. "Se alguém vem a mim, e não aborrece... não pode ser meu discípulo". O Senhor dá a entender que só usará em seus empreendimentos aqueles que o amam pessoalmente, com grande ardor e devoção , acima de qualquer dos mais íntimos laços da terra. As condições são severas, porém gloriosas.

.....Tudo que construirmos será inspecionado por Deus. Irá Deus com seu fogo revelador descobrir que construímos sobre o fundamento de Jesus algum empreendimento pessoal? Estes são dias de extraordinário empreendimentos, dias em que estamos tentando trabalhar para Deus, e aí é que está a armadilha. A verdade é que nunca podemos trabalhar para Deus. Jesus se apossa inteiramente de nós para seus empreendimentos, para seus planos de construção, e nenhuma pessoa tem direito de reivindicar para si a escolha do lugar em que será colocada.

Friday, May 6, 2011

A Liberdade do Evangelho

"Para a liberdade foi que Cristo nos libertou" - Gálatas 5.1

O homem espiritual nunca expõe a outrem exigências do tipo: "Creia nisto e naquilo"; ao contrário, ele o orienta no sentido de que enquadre sua vida nos padrões de Jesus. Não somos chamados a acreditar na Bíblia, mas crer naquele que a Bíblia revela (cf. Jo 5.39-40). Somos chamados para pregar liberdade de consciência, não liberdade de opinião. Se temos a liberdade de Cristo, levaremos outros a conhecer essa mesma liberdade - a liberdade de experimentar o domínio de Jesus Cristo.

Avalie sempre sua vida pelos padrões de Jesus. Curve a cerviz somente ao jugo dele, e a nenhum outro, seja lá qual for; e tenha o cuidado de jamais colocar sobre os outros um jugo que o próprio Jesus não tenha colocado. É preciso muito tempo para Deus nos tirar a mania de pensar que, a menos que todos pensem como nós, estão todos errados. Essa nunca é a posição de Deus. Existe apenas um liberdade atuando em nossa consciência, capacitando-nos a fazer o que é certo: a liberdade de Jesus.

Não se impaciente; lembre-se de como Deus o tratou - com paciência e com gentileza; nunca, porém, dilua a verdade de Deus. Deixe-a agir e nunca peça desculpas por ela. Jesus disse: "Ide... fazei discípulos", não "fazei adeptos das vossas próprias opiniões".

Thursday, May 5, 2011

Juízo, um Sinal de Amor

"Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada". - I Pedro 4.17

O obreiro cristão nunca deve esquecer que a salvação é uma idéia que partiu de Deus, não do homem; portanto, é um insondável abismo. A salvação é a grande idéia de Deus; e não uma experiência. A experiência é apenas a porta pela qual a salvação entra em nossa vida consciente. Nunca pregue a experiência; pregue a grande idéia de Deus que está por trás dela. Quando pregamos, o que estamos proclamando não é como o homem pode ser salvo do inferno e tornar-se decente e puro; estamos, isso sim, transmitindo boas-novas a respeito de Deus.

Nos ensinamentos de Jesus Cristo o tema "juízo" sempre recebe destaque; é o sinal do amor de Deus. Não tenha pena de alguém que encontra dificuldade para chegar-se a Deus; a culpa não é de Deus. Não compete a nós descobrir a razão dessa dificuldade, e, sim, apresentar a vontade de Deus, de tal modo que o Espírito de Deus possa mostrar o que está errado. O que comprova a qualidade de uma pregação é que ela leva todos a julgamento. E o Espírito de Deus expõe para cada um a situação.

Se Jesus nos tivesse dado um mandamento que ele não nos capacitasse a cumprir, seria um mentiroso; e se fazemos de nossa incapacidade uma barreira à obediência, estamos dizendo a Deus que há algo que ele não levou em conta. Todo traço de autoconfiança deve ser destruído pelo poder de Deus. Fraqueza total e dependência serão sempre uma oportunidade para que o Espírito de Deus manifeste o seu poder.

Wednesday, May 4, 2011

Intercessão Vicária

"Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no santo dos santos, pelo sangue de Jesus". - Hebreus 10.19

Não pense que a intercessão significa apresentar nossos interesses pessoais a Deus, e exigir que ele faça o que pedimos. Nossa aproximação de Deus deve-se inteiramente à identificação vicária do Senhor Jesus com o pecado. Temos "intrepidez para entrar no santo dos santos, pelo sangue de Jesus" .

A obstinação espiritual é o maior obstáculo à intercessão, porque é fruto de simpatia por interesse nossos e de outros, coisas que achamos que não precisam de expiação. Temos a ilusão de que há em nós coisas justas e virtuosas, que não precisam basear-se na expiação, e, quando ficamos " atolados" nessa idéia, não podemos interceder. É que não nos identificamos com os propósitos de Deus para os outros, e tornamo-nos petulantes com ele; estamos sempre a postos com nossas próprias idéias, e a intercessão se torna a glorificação de nossos interesses. Temos que compreender que a identificação de Jesus com o pecado significa a alteração radical de todos os nossos interesses. A intercessão vicária significa que voluntariamente substituímos nosso interesse natural pelas pessoas pelo propósito de Deus para a vida delas.

Meu caso é de obstinação ou de substituição? Sou impertinente ou perfeito com meu relacionamento com Deus? Mal - humorado ou espiritual? Resolvido a fazer a minha própria vontade ou resolvido a identificar-me com Ele?

Tuesday, May 3, 2011

Intercessão Vital



"Com toda oração e suplica, orando em todo tempo no Espírito" - Efésios 6.18

À medida que nos envolvemos mais na intercessão, é provável que nossa obediência a Deus custe a outras pessoas mais do que pensamos. O perigo, então, é passarmos a interceder movidos por compaixão para com aqueles a quem Deus estava aos poucos levando a um nível espiritual diferente, em resposta a nossas orações. Sempre que deixamos de nos identificar com o propósito de Deus para com os outros e passamos a ter pena deles, o vínculo vital com Deus se desfaz; impedimos o plano de Deus com nossa compaixão e nosso cuidado por eles, e isso é uma afronta direta a Deus.

É impossível interceder de modo eficaz, sem que estejamos perfeitamente seguros de Deus, e o que mais provoca a desintegração do nosso relacionamento com ele é a compaixão e o preconceito humanos. A identificação é a chave da intercessão, e sempre que deixamos de nos identificar com Deus, fazemo-lo pela compaixão, não pelo pecado. É pouco provável que seja o pecado que interfira em nosso relacionamento com Deus; o que mais interfere é a compaixão que nos leva a dizer: "Não permitirei que tal coisa aconteça". Imediatamente perdemos o vínculo vital com Deus.

A intercessão não nos deixa nem tempo de inclinação para orar pelo "pobrezinho de mim". Não que a intercessão afaste a preocupação comigo mesmo; a verdade é que ela nem está presente para ser afastada, pois estou totalmente identificado com os interesses de Deus pelos outros.

O discernimento é o chamado de Deus para a intercessão, nunca para a condenação de outros.

Monday, May 2, 2011

O Valor da Paciência

"Se tardar, espera - o". - Habacuque 2.3

A paciência não tem nada a ver com indiferença; a paciência nos dá a idéia de um rochedo muito forte, resistindo a todos os embates. A fonte da paciência é ter uma visão de Deus, porque transmite inspiração moral. Moisés resistiu não porque tivesse um ideal de justiça e dever, mas porque tivera uma visão de Deus. Ele "permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível". O homem que tem uma visão de Deus não se dedica por uma causa ou a outra questão qualquer; dedica - se ao próprio Deus. É sempre possível saber quando a visão é de Deus por causa da inspiração que a companha; as experiências da vida passam a ter grandeza e importância, porque tudo é vivificado por Deus. Se Deus o submeter espiritualmente a um período de tentação no deserto - como no caso de sei Filho, que esteve num deserto de fato - durante o qual não lhe falar uma palavra sequer, resista; e a força para resistir esta ali porque você tem uma visão de Deus.

"Se tardar, espera - o". A prova de que temos a visão é que estamos buscando algo além do que já alcançamos. Não é bom sentirmo - nos satisfeitos espiritualmente. "Que darei ao senhor?" diz o salmista. "Tomarei o cálice da salvação". Nossa tendência é buscar a satisfação em nós mesmos: "Agora consegui; agora estou totalmente santificado; agora posso resistir". Imediatamente nos enveredamos pelo caminho da queda. Devemos estar sempre buscando mais do que já temos alcançado. "Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição." Se o que temos é o que experimentamos, nada temos; mas se o que temos é a inspiração da visão de Deus, temos mais do que podemos experimentar. Tenhamos cuidado com o perigo do relaxamento espiritual.