A Jornada de vida - por Ele, para Ele e com Ele.

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Wednesday, December 1, 2010

A Diferença Entre a Lei e o Evangelho

"Pois, qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto,
se torna culpado de todos", Tiago 2,10.


A lei moral não toma nota nem leva em consideração, de nenhuma maneira, nossas ditas falhas e fraquezas como seres humanos; ela não leva em conta nossa hereditariedade e fraquezas, mas exige que sejamos integralmente morais como Deus. A lei moral nunca se alterará, nem para os mais nobres, nem para os mais fracos; ela será eternamente inquestionável e sempre a mesma. A lei moral ordenada por Deus não se faz fraca para os fracos, não encobre os defeitos de quem os tem, mas permanece imutável pelos tempos dos tempos e por toda a eternidade fora. Se não a reconhecermos assim, é porque não estamos vivos em Deus; assim que nos tornamos vivos, a vida acaba por se tornar uma tragédia. "Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado e eu morri", Rm 7,9. Quando reconhecemos isso, então o Espírito de Deus nos convence do pecado – de todo pecado. Enquanto isso não acontecer e não entendermos que não há esperança, a cruz de Jesus Cristo é uma farsa para qualquer um de todos nós. A convicção do pecado faz qualquer homem sentir-se preso pela lei e sem esperança possível, "vendido à escravidão do pecado", Rm 7,14. Eu como um pecador culpado, por mim mesmo nunca poderei reconciliar-me com Deus porque já estou irreconciliável em mim mesmo. Só existe um meio pelo qual serei justificado diante de Deus: a morte de Jesus Cristo efetuada em mim também. Preciso de me livrar do conceito que me ronda de que poderei um dia reconciliar-me com Deus pela minha obediência sem Cristo vivente em mim mesmo — qual de nós poderia obedecer a Deus com absoluta perfeição assim?
Só reconheceremos o poder desta lei moral quando ela vem precedida por um "se". Deus nunca nos coage. Em certos momen­tos, dependendo do nosso humor, gostaríamos que Deus nos obri­gasse a obedecer-lhe em tudo; noutros, porém, gostaríamos que ele nos deixasse em paz. Mas sempre que a vontade de Deus está em primeiro lugar para nós, não sentiremos em nós a menor sensação de coerção e obrigatoriedade. Quando tomamos a deliberação de lhe obedecer, então ele moverá os céus e terra para a nosso favor com toda a pujança do seu poder.

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